quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Escuridão no fim do túnel

Hoje faltou luz. Fazia tempo que isso não acontecia por aqui. Quero dizer, que faltava energia elétrica por muito tempo. Foram interessantes quatro horas sem nenhuma luz além das chamas dançantes das velas. Como era de se esperar, ninguém teve nada para fazer, então ficamos todos juntos aqui em casa, conversando sobre... Qualquer coisa. Contamos histórias antigas, relembramos os animais que já tivemos em casa, falamos sobre o hoje, o ontem, o anteontem, o amanhã...

Para a maior parte das pessoas, ficar sem energia elétrica é desesperador. Entediante. Eu acho o computador entediante. Sinceramente acho. Tem tanta coisa para fazer que não quero fazer nenhuma. A falta de luz foi boa. Gostei de ficar longe, de certa maneira, da tecnologia. As vezes ela sufoca, faz mal. Internet, comunicação com o mundo, acesso a um monte de informações. Me faz pensar, me faz lembrar de coisas que não quero, cansa. Cansei. E faz tempo.

Tomei um banho frio. Em todos os sentidos. Eu não ia, pretendia esperar a energia voltar, apesar do calor, mas pensei “que se dane, preciso disso”. Abri o chuveiro e, com a cara e a coragem, me meti embaixo dele. Lavei a alma, realmente. Foi o banho mais filosófico, poético e relaxante que já tomei em muito tempo. A água não estava gelada como eu pensei, era só questão de costume. Talvez um monte de coisas nessa minha vida não sejam tão insuportáveis quanto parecem, talvez eu só precise ir com a cara e a coragem e, quem sabe, eu me acostumo. Me adapto. E supero.

A idéia disso tudo que escrevi veio nesse período de quatro horas. Aliás, eu ia escrever à mão mesmo, com a luz de uma vela perfumada verde, quanta ironia, que minha mãe disse para eu trazer para o quarto. Mas, quando abri o caderno e peguei uma caneta, as luzes voltaram, como mágica, como sarcasmo do destino, como pura piada. Eu preferi continuar na escuridão, em minha mente. Não a escuridão tenebrosa e assustadora. Apenas a calma e silenciosa, porque essa vale a pena.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Cofres e moedas


Cofres são coisas engraçadas. Não vejo o menor sentido na existência de um cofre caseiro. Ultimamente, meu irmão esteve procurando um cofrinho em formato de porco. Para quê? Você gasta dinheiro para ter um lugar para guardar dinheiro. Isso é paradoxal! E outra... Você vai ter que quebrar o cofre! Você compra uma coisa exclusivamente para quebrá-la em algum momento. Parece algo realmente estúpido de se fazer.

Ah, mas vai vir alguma pessoa genial e me dizer que existem cofrinhos que você pode abrir à vontade... É PIOR AINDA! Se você pode simplesmente ir lá e tirar o dinheiro, QUAL É O MOTIVO DE TER O COFRE? PÕE NA GAVETA! Lembre-se: não estamos falando de cofres super elaborados feitos de titânio, com senhas, que guardam quantias absurdas de dinheiro. É UM MALDITO COFRE COM TAMPA (e, às vezes, um cadeado)! Se você olhar feio para aquilo, o negócio abre sozinho! Coloque o dinheiro num saco e enfie num buraco da sua estante velha. NINGUÉM VAI ACHAR! E você não vai precisar arrebentar (mais ainda) a sua estante depois.

Esses dias estava no Shopping West Plaza com meu irmão e minha cunhada, esperando dar o horário para irmos ao jogo do Palmeiras (nem sou palmeirense, fui de alegre mesmo). Entramos em uma loja da Camicado e ficamos andando aleatóriamente lá dentro. Pronto, ali estão: cofres de porcelana. Tem porco florido, tem botinhas, vaca, boi, cavalo, dragão, tem todas as formas que você imaginar, com tampa, sem tampa... Sem tampa? Um cofre de porcelana que custa 80 reais... Que vai ser quebrado! Aí, quando olhar lá dentro, parabéns, você juntou 79 reais. Belo investimento.

Aliás, dinheiro em si é uma coisa bizarra. Até o momento em que utilizavam metais, tudo bem, eles tem valor de troca até hoje, mas nunca entendi bem como começou o uso do papel como moeda. Quando todo mundo se deu conta, as pessoas estavam trocando papeis por botas. Tenho certeza que tem alguém que se deu muito bem com isso. Sempre tem!

É uma pena que notas de cem sejam lendas urbanas, o negócio não existe! "Ah, eu já peguei em uma nota de cem", é MENTIRA, elas foram extintas! Se lançarem uma nota nova vai ter a imagem de uma de cem na parte de trás por causa disso! "Ah, ouvi dizer que elas falam", "Ah, ouvi dizer que elas brilham no escuro", "Ah, ouvi dizer que se você pegar uma e esfregar três vezes, sai um ex-presidente e realiza um desejo".

- QUERO UMA NOTA DE CEM! TEM COMO? Vi um cofre lindo que eu posso usar para guardar, custa só duzentos reais!

Falando em valores, eu li na revista Superinteressante uma vez que para fabricar uma moeda de um centavo custa... nove centavos! E a de cinco centavos custa doze centavos. Em primeiro lugar, considero essas duas moedas completamente sem razão de existir. Especialmente a de um centavo. O negócio meramente não tem utilidade. A vida de todo mundo seria muito mais fácil se ambas não existissem! E que puta prejuízo! Que idéia de imbecil é essa? De acordo com a própria Superinteressante, são mais de R$ 93 milhões jogados no lixo! Depois dizem que economia é um assunto chato e complicado. Não é que é complicado, é que não faz sentido mesmo!

domingo, 12 de outubro de 2008

Escape

Todo mundo precisa de uma válvula de escape: quando tudo está dando errado, quando a pessoa que você gosta nem lembra que você existe, quando você não aguenta mais as peças pregadas pela vida. Tem gente que bebe coisas alcoólicas, tem gente que sai com os amigos simplesmente para desviar a própria atenção, tem gente que assiste filmes, que joga videogames, tem gente que ouve músicas de fossa, entre outras coisas. Eu como coisas caras e bebo Coca-Cola. Se você me ver bebendo Coca, quieto, provavelmente tem algo errado comigo. Para quem se perguntou: eu fiz isso hoje. E não, não me sinto melhor.

E ontem foi dia de fazer isso. Saí com uns amigos. Eu só queria sair com eles, me divertir. Acabou virando mais uma viagem psicológica e depressiva pra mim. Por quê? Não me dou bem em lugares cheios, muitos amigos comigo. Isso costuma me lembrar de como tudo o que eu faço dá errado. Tudo o que eu quero, não consigo. Eu tento, tento mesmo, mas eu não saio do lugar. Todo mundo tem um plano para si, todo mundo sabe o que quer, todo mundo tem um caminho pra seguir... E eu só fico olhando, porque não faço a menor idéia do que tenho que fazer. Sempre me sinto alienígena. Eu simplesmente não faço parte daquilo, então... O que estou fazendo lá?

Um desses amigos, quando bebe, diz que começa a falar muitas verdades. E isso é verdade. Enquanto não perde a calma, é muito bom conversar com ele neste estado. Mas eu o vi, ali, triste, reclamando, melancólico, infeliz com a própria vida, e tudo o que eu podia fazer era concordar. Simplesmente porque eu concordava. Simplesmente porque entendia e sentia cada uma daquelas palavras e não sei uma solução para sair dessa angústia.

Há também uma moça... Ela parece meio fria de vez em quando, mas se preocupa com os amigos, com as pessoas. Às vezes, mais do que o necessário. O que mais você pode querer em alguém? E, enquanto ela estava mal por não poder fazer nada, não fui capaz de dizer uma única palavra para que ela se sentisse melhor. Não fui capaz de fazer um único gesto para que ela se sentisse melhor. Só fiquei ali, engolindo minha própria incompetência. Fiz a ela a promessa de que iria mudar este tipo de pensamento. Me desculpe. Só dessa vez, me desculpe.

Não bebo álcool e acho que afogar as mágoas e preocupações em coisas que trazem "felicidade momentânea" é besteira. Neste caso, não me limito apenas ao álcool, mas à qualquer forma de tentar fugir dos problemas por alguns minutos ou horas. Até porque não há infelicidade eterna também. Esta é outra bobagem que teimamos em acreditar.

Para falar a verdade, nem sei aonde quero chegar com tudo isso. Acho que só queria desabafar. Só queria dizer que sinto muito por não poder fazer mais. Só queria dizer que, se eu pudesse, eu faria o mundo todo se sentir bem, mesmo pessoas que não gosto. Mesmo que eu me afundasse na mais escura depressão e nunca mais saísse de lá. Valeria a pena.

Peço desculpas à vocês, por tudo o que escrevi aqui. Também peço desculpas ao meu "eu". Se soubesse como, te faria feliz.

Acho que vou beber mais Coca.


*Foto utilizada e modificada sem autorização de Nathália, dona da mão e da letra.

domingo, 5 de outubro de 2008

Meus heróis e seus vilões


Você pode vir aqui ou em qualquer outro lugar e falar mal de mim. Apontar o dedo para minha cara e me humilhar como quiser. Pode dizer coisas ofensivas e grotescas a meu respeito... Não ligo...

Pode planejar contra mim, ir contra minha vontade. Pode me fazer o mal, me destruir, me machucar. Me derrotar de mil maneiras e me matar mil vezes. Eu não ligo.

Pode influenciar e acabar com minha vida amorosa, social, profissional, estudantil... E pode, ainda, jogar na minha cara e espalhar pelo mundo que foi você que fez isso. Pois é, não ligo.

Se quiser, pode pisar no meu ego, no meu id, no meu superego ou até mesmo no meu alterego... Putz... Acabe com todas as minhas formas de existência e liberdade de pensamentos... Nem ligo.

Sou bem fortinho. Sou resistente. Sou capaz de aguentar todo a maldade do mundo em minhas costas. Cresci me acostumando com essa idéia. O que seria mais uma maldita pessoa ruim na minha vida? Eu realmente não ligo!

Agora... Se você ameaçar mexer, falar mal ou machucar um de meus amigos, incluindo animais ou familiares, física ou psicologicamente, saiba que você vai se dar muito mal, porque vou dar tudo de mim para apagar esse sorrisinho de sua cara e fazer com que caia no abismo mais profundo e aterrador que sua mente pútrida e desprovida de sensibilidade pode imaginar. Nem que, para isso, eu tenha que me sacrificar junto, me atirando nessa fossa imunda em sua miserável companhia.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Diga "Ah!"

Ahhhhhh! Finalmente está pronto! É até meio nostálgico, este post. Me sinto com 18 anos falando besteiras aleatórias no meu fotolog de novo! Era mais ou menos assim que costumava funcionar naquele tempo. Esta foto está sendo preparada desde 2005! São 69 cápsulas (tinha 75 aqui, mas originalmente tinha ainda mais, só que sumiram) que comecei a colecionar naquela época, simplesmente para poder escrever o lixo que vocês estão prestes a ler. A parte engraçada é: em 3 anos, não consegui desenvolver uma idéia decente. Sei o assunto, só não sei o que dizer sobre ele (também como nos velhos tempos).

As chances são: se você é meu amigo(a), sabe muito bem o que são essas coisas na foto. Se não, saiba que são cápsulas de Nasofelin, descongestionante nasal a base de cloridrato de fenoxazolina. Originalmente era Aturgyl, mas ele mudou, ficou mais caro e perdeu o efeito. Uso essa tranqueira desde que eu era MUITO pequeno (creio que tinha algo em torno de 6 anos). Começou com a idéia de usar antes de dormir. Hoje, como meu sistema passou a se acostumar com ele, o uso o dia inteiro se meu nariz está entupido. É vício e necessidade. Parte da necessidade é por causa do vício e vice-versa. Atualmente também misturo uma parte de Nasofelin e uma parte de Rinosoro, para ficar mais fraco (receita médica de quando eu era menor).

Tenho desvio de septo nasal e rinite de problemas respiratórios (até onde sei). Fora um monte de outros, não necessariamente ligados à respiração. É herança. A família nunca deixa uma bolada em dinheiro pra gente, só doença. E dívida. E reclamações de que a gente não honra o sangue deles.

Todo mundo é doente, VOCÊ é doente... E provavelmente nem sabe disso! Se for num médico agora e fizer um check-up completo (eu disse completo), vai descobrir, no mínimo, um problema de saúde, com certeza! Você vai fazer um exame pra ver sua unha encravada e sai de lá sabendo que tem Hepatite Z! Ou vai por causa de uma dor no ombro e descobre que o motivo é seu fígado que está desintegrando! Olha que maravilha...

Odeio hospitais, dentistas, psicólogos etc. Nunca vou ao médico, evito o máximo que posso. Tenho medo de descobrir que meu corpo ou minha mente são mais bizarros e problemáticos do que imagino. Por exemplo, eu tremo muito... Desde criança... E prefiro continuar sem saber o porquê.

Tem gente que tem mania de doença. A maioria das pessoas foge delas, outras exigem ter! Qual é o problema desse pessoal? A doença dessas pessoas é achar que são doentes... Mas, na verdade, dizer "mania de doença" é um erro. Pessoa hipocondríaca é aquela que se preocupada demasiadamente (e desnecessariamente) com sua saúde e acha que tem todas as doenças que conhece. E tomam todos os remédios que conhecem também. Têm tanto medo da morte que vão acabar morrendo mais cedo. Depois eu que sou o irônico...

Falando em manias, algumas são doenças sérias. Aliás, "mania" vem do grego "mania" (uau!) que significa "loucura". Tenho várias manias bizarras, nenhuma que afete minha vida social (como se pudesse piorar). Mas tem gente com sérios problemas. Por exemplo, o famoso TOC. Também tem gente com mania de falar sozinha na rua. Sabe, expor seus pensamentos em voz alta não costuma ser uma idéia boa. Se você faz isso, procure rapidamente um tratamento, antes que alguém resolva te tratar com as próprias mãos. Ou com os próprios pés, em alguns casos...

Você deve achar que sou o mais doente de todos, afinal, quem, em perfeita sanidade, escreveria tanta merda num espaço tão curto? E curto é modo de falar, porque isso está enorme... Mas saiba que você também não é muito normal, já que leu tudo isso!


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- O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
- Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
- Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.
Manuel Bandeira - Pneumotórax

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OBS: Entenderam minha arte???

domingo, 14 de setembro de 2008

"A vida mediana..." -> 3 anos depois...

Há três anos atrás, eu publiquei este texto no meu fotolog. Antes de continuar, gostaria que todo mundo desse uma lida no que falei naquela época.

...

Pois muito bem. Eu SEMPRE planejei escrever algo derivado daquilo. Aliás, a foto acima estava preparada desde aquela época também. Na história, o lobo é o mesmo.

Não lembro exatamente, naquele tempo, quais eram as circunstâncias que me fizeram escrever aquilo tudo, mas creio que eram muito parecidas com as atuais. Achei que, agora, era o momento perfeito para escrever isso. De uma certa forma, sinto como se minha mente tivesse parado naquele instante e continuado em julho deste ano. E só agora me dei conta.

Curiosamente, eu havia esquecido da filosofia que desenvolvi naquele dia, mas, durante as férias deste ano, voltei a pensar sobre isso: eu penso demais! Até montei, de brincadeira, o Clube dos Não-Pensadores com meu amigo, Leandro. E eu realmente acredito nisso: tem horas que devemos simplesmente parar de pensar e agir. Fazer o que quer fazer, falar o que quer falar.

Resolvi que não me arrependo mais facilmente como costumava. Se eu tentar algo, se eu fizer algo, se eu resolver que vale a pena tirar esse peso de minhas costas, mesmo sendo difícil, então está certo. Meu julgamente me fez acreditar que era a coisa certa. E se algo der errado, tento arrumar. Somo pessoas, conversar é nossa habilidade mais forte. E quer saber, está valendo a pena! Acho que estou mudando pra melhor.

Se você está aqui lendo isso, é bem provável que eu goste muito de você. Então, se em algum momento eu fizer ou falar algo que você não goste ou que te assuste, algo que te incomoda, de qualquer forma que seja, por favor, fale comigo. Eu não quero perder ninguém. Meus amigos são umas das coisas mais importantes que tenho nessa vida. E valorizo isso imensamente. Sei que tem gente que não pensa da mesma forma que eu, mas mesmo assim, ainda te considero amigo(a).

Quer saber, acabei de perceber que eu já falei tudo o que tinha pra falar há três anos atrás. Então aí vai:
- "Arrependimento é só um atraso na vida."
- "Quando você se livra de um fardo, pode finalmente continuar em frente e aceitar o resultado, sendo ou não bom."
- "Vocês devem fazer o que sentem e, mesmo que não termine bem, mesmo que não haja mais esperança, não fiquem arrependidos."

Aliás, continuo o mesmo cara mediano de antes. Mas não sou mais tão indeciso. ^^

...

"Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu."
Luís Fernando Veríssimo

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Dedicado à qualquer pessoa que acredite fazer parte disso tudo que falei, direta ou indiretamente.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Sentir nos faz sentir


Sou de lua. Em um momento estou alegre, rindo das ironias da vida; no outro estou horrivelmente triste, deprimido, angustiado e frustrado. Assim, do nada. E a única coisa necessária para que essa transformação aconteça, é um empurrãozinho para me lembrar de como é essa sensação desesperadora. Essa loucura sem explicação que é "sentir". E seja um sentimento bom ou ruim, sempre acreditei que sentir é a coisa mais maravilhosa que podemos experimentar, pois é isso que prova nossa existência. Sentir faz com que a gente se sinta realmente vivo, não significando, necessariamente, que seja uma experiência boa. As vezes, faz você querer sentir o exato oposto.

Quantos de vocês já se sentiram como se absorvessem os problemas dos outros? Como se tudo de ruim fosse pra você? E quantos realmente desejaram que isso acontecesse, pelo bem de quem vocês gostam?

Quantos já se viram cegos de ciúme, machucando a única pessoa que, no momento, vocês querem bem? E quantos já quiseram que alguém sentisse um pouco de ciúme de vocês? Ou que pelo menos notassem, não sua ausência, mas, de fato, a sua presença? Que você está alí, de corpo e de alma, notando esta e todas as outras pessoas e suas presenças físicas e mentais, e como todas elas têm um lugar no mundo. Menos você.

Quantos se apaixonaram, no sentido mais forte da palavra? E no mais fraco? Você sabia o que fazer? O que dizer? O que pensar? Já confundiu o que você sentia? Já teve dúvida se era mera confusão ou não?

Quantos já quiseram dizer tantas coisas que não foram ditas? Fazer o que não foi feito? Quantos se arrependeram disso? Quantos arrependimentos vocês levam nas costas? Porque vocês não dão meia volta e vão até lá fazer ou dizer o que vocês realmente querem?

Quantos já se sentiram perdidos na vida? Já parou para pensar em tudo o que você fez e conseguiu até hoje e percebeu que você não sabe o que está fazendo? Percebeu que você, na verdade, não conquistou nada nesta vida? Ou que está atrasado em relação ao resto do mundo? Ou, talvez, que você possa ser a pessoa mais azarada deste mundo? Ou percebeu que, de uma certa forma, tem orgulho disso?

Quantos já se sentiram péssimos amigos? Péssimas pessoas? Péssimos amantes? E acharam a resposta para mudar isso? Vocês tentaram mudar?

Quantas vezes já sentiram a tristeza de ver as pessoas desaparecerem, deixando um mero vulto, um eco, do que costumavam ser? E quantas vezes você mesmo(a) foi esta pessoa?

Quantos já se sentiram um peso? Não por serem um problema, mas por meramente existir. Sua existência pesa na vida dos outros? Pesa para você? Ou é tão leve que você simplesmente se sente a pessoa mais insignificante deste mundo? E apesar de você amar tanto as outras pessoas, não acha que alguém pode jamais te amar. Aliás, você sabe o que é existir? Acha que você existe? Sente a existência?

E quantos de vocês, de tanto ansiarem pelo reconhecimento e pela vida, sem resposta, ansiaram pela morte? Não o mero suicídio desesperado, e sim aquela que, de fato, tem o direito de ser chamada de "descanso eterno"? Atingir a real inexistência, a morte total, o fim. Porque, afinal, se você não se sente vivo e não se sente morto... O que é você?

sábado, 9 de agosto de 2008

Web Um-Ponto-Xis

Só estou atualizando porque a Tati cobrou, então resolvi forçar um texto que já estava sendo preparado mentalmente faz tempo (tanto que a imagem acima já estava pronta há alguns meses).

Penso muito na internet ultimamente. Nunca a odiei tanto! Web 2.0 é o caralho! É uma bosta! Houve um tempo que legal era conectar com aquele modem velho e podre e ouvir aquele som irritante da conexão durante a madrugada dos fins de semana para ficar no chat da UOL perguntando "quer tc?". Ninguem respondia, mas era legal mesmo assim. Hoje ninguém mais usa "tc" para nada. Tem gente que nem sabe o que isso significa! Fora "brb", "lol", entre outras que nem me lembro mais. Foi há muito tempo. Emoticons eram apenas caracteres e pouca gente sabia o que " ^.^ " e " ¬.¬' " significavam.

Hoje você consegue se imaginar conversando com alguém da seguinte maneira: "Tenho +- 1,70, 14 anos, sou mestiço, tenho olhos e cabelos castanho escuros, magro... e vc?" Hoje temos cameras digitais, webcams e tudo mais o que você imaginar, ninguém mais tem motivos para se descrever! Antes tinha scanner... e era caro! Salas de bate-papo? Estão obsoletas! Esses dias resolvi ir visitar uma só pra ver qual a situação atual da coisa. Antes era difícil achar uma vaga em uma sala, hoje é dificil ter uma sala com mais de duas pessoas.

Na época usávamos ICQ, não MSN. MSN era um lixo! Continuo achando que ICQ é o melhor programa de todos, pena que ninguém mais use. Aquele "oh-oh" de mensagem é inesquecível! E quem, que tenha usado, não se lembra dos URL com umas correntes legais? "Qual seu UIN?"

Downloads. Baixar 5MB era missão sobrenatural, sendo necessário muita paciência! Hoje as pessoas baixam discografias, shows, filmes e DVDs inteiros em um dia. Mas naquela época tinha uma coisa boa: todos os downloads eram direto dos sites, via HTTP, sem burocracia de rapidshare e afins. Era clicar e baixar! P2P? Só tinha o Napster! QUANTOS DE VOCÊS USARAM O NAPSTER??? HEIN!!!???

Google? Que Google? Acredite se quiser, o Google já foi a pior ferramenta de busca na minha opinião. Hoje não imagino minha vida sem ele. Serve até pra confirmar a ortografia das coisas que escrevemos (não 100%, mas aí é uma questão de bom senso). Antigamente sites como o Cadê e o Aonde eram bons. Já ouviu falar em algum dos dois?

Blogs e Flogs eram coisas de gente que não tem o que fazer. Hoje tem usos muito úteis, algumas pessoas até ganham a vida com isso (não é o caso deste que você está lendo). Ter um website pessoal era coisa de gente em outro nível! Photoshop então? Nem se fala! Hoje qualquer imbecil consegue ter um website e usar o Photoshop sem maiores problemas.

Os amigos pareciam ser mais unidos. Era tudo mais simples. A internet era limitada, mas parecia ter bem mais coisas para fazer. Não dava para enjoar, não dava para não querer usar. Hoje é tudo ao contrário. Orkut, MSN, Flogs, Blogs, YouTube, MySpace, Trama Virtual, entre outros, nada mais importa. Tem tanta coisa que perde a graça, é entediante. Não há nada pra fazer. Deprimente.

Quero minha vida real de volta. Ela nunca pareceu tão interessante.

domingo, 1 de junho de 2008

Penso, logo escrevo


Ainda há pessoas que vêm aqui esperando uma crônica ou uma narrativa bonita. Algo belo, para completar seu dia. E eu me pergunto: por quê? Não faz meu estilo e nem sou capaz de escrever algo assim. Desde o início, a proposta era escrever algumas reflexões, às vezes desabafos, de coisas que vejo, sinto, vivo e descubro. Pensamentos. Meros e puros pensamentos.

É meio cansativo ser chamado de pessimista o tempo todo. Não que me chamem assim à toa, eu entendo. Mas não sou pessimista. Me considero realista, mas já que minha realidade não é a mesma pra nenhum de vocês, grandes pessoas otimistas e amadores da vida, digo que sou apenas negativo. E é diferente de ser pessimista! Não posso simplesmente escrever um poema gracioso e publicar aqui para um(a) paga-pau de coisas fofinhas vir comentar aqui. "Achei muito lindo, continue assim". Não que eu tenha algo contra quem escreve coisas assim. Se consegue, deve escrever mesmo! Mas, com todo o respeito, eu não busco isso, vocês entendem? Eu não quero aprovação, quero apenas compartilhar idéias e, talvez, discutí-las, por que não? Filosofar um pouco em cima do assunto. Por isso eu falo muito palavrão por aqui. É o que eu sinto na hora, e não vejo motivo para me controlar aqui. Essa é a graça: deixar fluir. Ser sincero comigo e com vocês. Cada jornal, canal de TV, revista etc. tem sua própria forma de abordar os assuntos, e eu acredito que com blogs (e alguns fotologs) é assim também.

Sinceridade sempre foi uma coisa que eu prezo muito. Eu prefiro muito mais uma verdade grotesca dita na cara do que uma mentira enrolada que vai acabar sendo descoberta eventualmente. A segunda é muito mais destrutiva... porque ela VAI ser descoberta eventualmente, e não vai ficar legal para nenhuma das partes envolvidas! Não seja ingênuo(a). A verdade é conclusiva. Permite que você vire a página, vá para o próximo capítulo e continue sua vida. É doloroso? Pode ser... mas também não é frustrante aquela coisa de: "Não sei, talvez... vamos ver, ainda é cedo para isso"? Algumas dúvidas fazem muito mal. Chega a ser cruel. Nos piores casos, chega a levar pessoas ao nível de depressão. Mesmo uma "mentirinha".

Então me desculpem: não esperem de mim algo que eu não vou fazer. Não aqui, pois eu nunca pretendi fazer isso. Em outros lugares, sim, como escrevendo músicas, algo que eu gosto muito de fazer. Mas neste lugar... Quem sabe em um dia muito distante. Por enquanto, quero só minha liberdade.

Esta reflexão não foi direcionada a ninguém em específico. Foi só mais um pensamento à deriva, como deveria ser.

OBS: Postagem marcando a volta de nosso mascote Lorenzo, o Pato de Borracha.

domingo, 4 de maio de 2008

Feliz 3º Aniver... O quê? Já foi!? Como assim???


PUTA QUE O PARIU! Esqueci de atualizar no dia do aniversário do fotolog! MAS QUE MERDA! Ando tão ocupado que só lembrei um mês depois! Essa faculdade é uma bosta! Pior que minha última postagem foi no dia 5 de abril, dois dias antes do aniversário! E em vez de postar algo interessante, eu tive a audácia, coragem e estupidez de meter aquela merda inútil sobre os filmes zuados dos cachorros! EU TENHO COCÔ NA CABEÇA!!!!!!!!!!!!

Eu sei o que você está pensando: "Aff, por que esse alvoroço todo por causa do aniversário do flog? Que bosta!" - FODA-SE! É importante pra mim! Eu quero ver até onde vou ter a cara de pau e a manha de manter essa bosta andando! Aliás, o que você está fazendo aqui? Se tá reclamando do que eu me importo ou não me importo, vai procurar algo útil pra fazer dessa sua vidinha vazia! Fica entrando em blogs? "Duh, mas tem blog útil". MAS O MEU NÃO É! Depois de 3 anos você ainda não sacou isso? Vai a merda, hipócrita!

Pior que não preparei imagem nenhuma, olha que bosta! Vocês devem estar surpresos! Tive que usar essa aí, que eu achei sem querer enquanto procurava fotos para meu post no Neurolistas (que, aliás, conseguiu ser pior que esse), aí me lembrei desse aniversário. Não, eu não tirei essa foto pessoalmente. Só porque eu fiz isso com um pão de batata uma vez você acha que vou fazer isso com todo tipo de comida que me aparece na frente? (Fora que ovo frito é bizarro demais até mesmo pra mim.)

Como é de praxe, nada mudou neste último ano, exceto a transferência do fotolog para o blog, à pedidos do público que não conseguia comentar. Agora só falta o povo vir aqui comentar. -.-'
Engraçado que antigamente eu nem ligava pra quem comentava ou não. Realmente, não sei por que estou preocupado. Eu quero mais é que não comente se não ler o texto todo! Eu sei que escrevo aqui porque eu quero, mas eu prefiro não ter público do que um público falso!

Aliás, ao contrário do que muitos pensam, eu não estou sem idéias do que postar aqui. Muito pelo contrário, eu tenho uma pequena lista que eu faço desde 2005 sobre assuntos que quero abordar. Estou preparando a foto de um dos assuntos há dois anos! Provavelmente já deu para juntar tudo o que eu precisava, mas ainda falta o sopro de inspiração. Escrever por escrever causa sérios hematomas no cérebro das pessoas e na minha porca reputação. Sim, sim, eu sei, esse texto foi vomitado em cima da hora, eu percebi o paradoxo.

Quer saber? Se tem alguém lendo isso, só podem haver dois motivos: ou vocês são leitores "novos" das minhas bobagens ou vocês são MUITO meus amigos!

sábado, 5 de abril de 2008

Filme ruim pra cachorro


Eu estava atolado até o pescoço de coisas para fazer: diagramar uma revista tosca, formatar textos, criar capa de revista, escrever uma reportagem sobre o desenvolvimento de games no Brasil, encaixar sete reportagens (incluindo a minha) nessa diagramação e desenvolver a pauta da minha próxima reportagem dentro da área de Artes e Cultura e ainda assim eu estava pensando em algo para escrever aqui. Aliás, obrigado, Raissa, pela sugestão! À seu pedido, vou atualizar essa tranqueira!

É complicado e lindo quando a solução que você busca simplesmente cai no seu colo. Caso raro de acontecer comigo. Todo mundo sabe que sou o "Mr. Bad Luck". Enquanto alguns estão se dando bem enquanto fazem merda, aqui estou eu, tentando entender a justiça deste mundo. Eu digo "simplesmente cai no seu colo", mas na verdade, ele já estava lá. Só esqueci de olhar. Desde dezembro eu planejo escrever sobre isso. Na época eu nem pensava em transferir tudo para um blog.

Filmes com animais. E não estou falando de filmes como Free Willy, que dá até pra dizer que é um clássico (o primeiro, lógico). Me refiro à filmes como Bud, O Cão Amigo, onde ele joga basquete. Até aí é aceitável, mas tem a continuação, Bud 2, O Atleta de Ouro, filme em que ele joga... futebol americano. COMO É QUE FUNCIONA ISSO? Basquete eu até consigo imaginar, mas como ele faz uma disputa com um cara do tamanho do Hulk? Quem é o infeliz que tem uma idéia escrota dessas? Esse imbecil tem que morrer! Aliás, todo mundo que aceitou financiar esse filme merece morrer! É uma das idéias mais estúpidas que eu já vi! Tanta gente morrendo de fome, e eles jogando dinheiro fora fazendo um filme que ninguém assiste. Aliás, realmente, ninguém assiste! Por que ainda estão fazendo isso? Essa coisa não deve receber lucro nenhum. No máximo, iguala o custo de produção.

Aliás, quando o nome do filme é o nome do personagem principal (no caso, Bud), aqui no brasil eles enfiam um subtítulo terrível. Não sei como não virou "Bud, O Amicão", mas tudo bem, porque a Globo faz questão de corrigir isso nos comerciais. É sempre uma chamada tosca, tipo: "... ele vai se mostrar um jogador bom pra cachorro. Bud 2, O Atleta de Ouro, na Sessão da Tarde!", com aquela mesma voz desde que a emissora "nasceu". Aliás, a Globo adora esses trocadilhos horríveis. Qual é o maldito problema deles? A TV aberta é nojenta! É triste assistir aquilo. Aliás, a fechada também não é grande coisa.

Voltando para os filmes, por que os temas são sempre toscos? Em um, o cachorro faz esportes, no outro ele é um agente secreto altamente capaz que derrota o vilão com sua inteligência, no outro ele salva o mundo, no outro ele prende o criminoso no final, no outro ele faz malabarismo, no outro ele fala com os outros animais, no outro ele é uma pessoa num corpo de cachorro... e por aí vai. Lembram-se do filme A Incrível Jornada, em que os cachorros (e uma gata) se perdem e tem que voltar pra casa? Eles falam. E não mexem a boca. E quando eu era criança eu gostava desse filme!

Claro que estou falando de cachorros, mas alguns outros animais também sofrem com esse tipo de filme. É que não me lembro de nenhum exemplo nesse momento. As pessoas não se contentam em humilhar outros humanos. Eles precisam colocar animais inocentes e indefesos pra fazer esse lixo. Rob Schneider não é o bastante para Hollywood. Keiko, a baleia de Free Willy morreu por causa de Hollywood. Os produtores ficam ricos e a atração principal morre por não se adaptar ao seu habitat original. Que legal.

Não me entendam errado. Pessoalmente, adoro animais e acho que nós não temos direito nenhum de viver nesse planeta. E é exatamente por isso que eu fico puto! Por que não deixam eles em paz? As pessoas tentam sugar dinheiro de tudo que conseguirem, isso é revoltante, porque pessoas (e outros seres) que não tem nada a ver com isso são jogados no meio dessa merda toda.

Olha, eu tinha um monte de coisa pra falar, mas algumas eu esqueci e outras vão ter que ficar de fora, senão vão reclamar que eu escrevo muito e ninguém lê (como se deixar como está fosse melhorar alguma coisa...). Eu até poderia rever o texto e sintetizar as idéias pra por as outras, mas, sinceramente, estou sem inspiração e sem saco pra fazer o texto certinho e perfeito. Nas palavras do glorioso Eric Cartman: "I don't give a fuck!"

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Uma nova introdução para a mesma bobagem de sempre


Tchanananam!!! Finalmente estou de volta! E, mesmo depois de tanto tempo, você continua aparecendo para ler esse lixo??? Vá fazer um tratamento psicológico!

Hem...

De qualquer maneira, voltei! E nada mais adequado que estrear meu mais novo blog voltando às antigas de meu flog: improvisando um texto tosco, sem planejar bosta nenhuma! Yeah!

Se você está aqui e não sabe o motivo, eu te explico: o fotolog /verdex está lá, mas não pretendo mais postar nele. Tinha muita frescura de só poder comentar quem fosse membro, então resolvi fazer um BLOG de vez. Até me dei o trabalho de transferir todos os 61 posts que estavam lá! De qualquer forma, este blog é oficialmente meu novo lugar de falar merda... e todo mundo sabe que de merda na cabeça eu tenho de sobra.

Mas toda vez que eu atualizar aqui, também irei atualizar lá (sem o texto completo, claro) só para que os eventuais Friends/Favorites que tenho por lá saibam que há um novo texto meu. E eu ficaria muito grato se essas pessoas se dessem o trabalho de vir ler e comentar. Nada mais gratificante para um escritor (mesmo um escritor de merda) do que pessoas lendo e comentando seus textos.

O esquema aqui vai continuar funcionando como sempre: uma foto (agora posso até colocar mais de uma), um texto gigante que no fundo não fala absolutamente nada e um título tosco. Talvez eu coloque algum vídeo também, só pra variar. Enfim, mudanças mínimas. Só não decidi uma coisa: vou comemorar o aniversário do fotolog ou do blog???

A foto de hoje, alias, para quem não sacou, é uma fênix. A fênix, para quem não sabe, é uma ave existente em muitas mitologias diferentes que, segundo a lenda, queima para depois ressurgir das próprias cinzas. Uma metáfora tosca. Ei... eu disse que essa porra era improvisada...

Enfim, vou parar por aqui. COMENTEM! Eu mudei essa bosta porque as pessoas reclamavam que não conseguiam comentar. Agora não tem desculpa! E como sempre, se não ler tudo, nem precisa comentar também! Eu odeio isso! Se tem mais o que fazer, por que diabos está aqui nessa bosta?

PS: Quem tiver um tempo, passe no meu outro blog também, o Neurolistas. Textos por mim, Leandro e Daniel.