quarta-feira, 22 de abril de 2009

Divagações em trinta minutos

Trinta minutos e vou embora. Até lá me mantenho sentado, sozinho, na praça de alimentação do Shopping Metrô Santa Cruz, enquanto observo o movimento: a menina oriental, que fez uma "entrevista" de emprego comigo, come algo com seus hashis, solitária e distraída. A atendente do Bon Grillê tenta mostrar o menu a quem passa, com seu contagiante ânimo que faz eu ter vontade de morrer, pois, segundo sua expressão infeliz, a vida definitivamente não vale a pena. Casais alegres, distribuídos aleatóriamente pelo local, conversam, sorriem, se olham e se beijam. Todos, menos um: estes são apenas bons amigos (ou é o que ela pensa). Duas senhoras que não se conhecem estão sentadas, comendo. Uma se levanta e se despede simpaticamente e sem formalidades. Um simples "tchau" faz o serviço de forma muito bem feita. A outra responde. Um simples sorriso retribui a cordialidade, sem deixar a desejar.

Enquanto isso, penso sobre o que escrever no papel. Dezenove minutos se foram durante minhas observações e ponderações como um relâmpago. Sem idéias. Que frustrante, isso sempre acontece! Será que não há nada ao meu redor que valha gastar mais folhas de meu bloco de notas como rascunho por minhas teimosas e frequentes tentativas de transformar meus pensamentos em palavras que, juntas, signifiquem algo, que façam uma diferença positiva para alguém? Assim, nesse momento, aponto um holofote para meu próprio rosto e me interrogo: alguma vez já consegui atingir esta meta? Não respondo. Apenas fecho um pouco os olhos para poder enxergar melhor.

Enfim, os trinta minutos se passam e ainda não consigo desenvolver nenhuma idéia. Preciso ir embora agora. Por isso, peço-lhes desculpas: minha nova crônica fica para uma próxima vez.

7 comentários:

Jefferson Sato disse...

Fato curioso e altamente irrelevante: a história é real e levei mesmo trinta minutos para escrever. Mais especificamente, das 17h30 até às 18h do dia 14 de abril (terça-feira passada).

Leandro disse...

Nãoentendi nada.

Adeus.

Gleyci PAmplona disse...

haaaaaaaaaaaaaaaaaa, é...
vc só parou observou e escreveu?
UUUUUUUm vc pode fazer muito melhor que isso.
BJUSSSSSSSSSSSSSS

Daina disse...

é, eu também acho que vc pode fazer melhor maaas eu gostei :­D

Bjus

Rid disse...

A arte de escrever sobre o nada. Bons escritores a dominam, you know.

Comentário sobre post anterior: Esse bigodinho não está nada sexy.

Letícia Ribeiro disse...

Adorei. De verdade.
E para de procurar escrever algo que emocione, isso vem naturalmente como desta vez.

Letícia Ribeiro disse...

Alô, é daqui que fazem atualizações?