Depois de praticamente seis meses voltei à Universidade São Judas Tadeu, campus Mooca, pegar um documento. Foi tão estranho estar lá com o diploma em mãos (literalmente), olhando em volta, vendo velhos rostos, todos desconhecidos, ouvindo novas músicas com o fone de ouvido, sentado no mesmo lugar da praça de alimentação que sentei nos últimos quatro anos.
As pessoas ao redor me olhavam com uma expressão de desconfiança. Provavelmente por eu estar rindo sozinho, descaradamente, enquanto observava a ironia da cena. Aquele tipo de ironia que só minha mente deturpada consegue captar no ar. Ou no próprio nome da Universidade, afinal, São Judas é o padroeiro das causas perdidas e desesperadas e isso sempre me fascinou.
A vontade que tive durante minha visita foi de andar por lá, ver o que mudou desde que saí pela última vez. Mas sei que não preciso. No fundo continua tudo igual, mesmo tão diferente. Os alunos tomando aquele chá horrível, os diversos funcionários, a professora comprando torradas com geléia (manteiga não, por causa da intolerância a lactose). A sensação era de que ia chegar alguém que conheço para desabafar comigo sobre as provas e trabalhos, típicos desta época do ano.
Mas não há ninguém. Todos já se livraram desses fardos. Então fico lá, sozinho, pensando que quando sair do campus mais uma vez vou olhar para trás e dizer: “Espero nunca mais voltar aqui. Tchau, São Judas. Tomara que minha causa tenha sido perdida ou desesperada o bastante para você”.
As pessoas ao redor me olhavam com uma expressão de desconfiança. Provavelmente por eu estar rindo sozinho, descaradamente, enquanto observava a ironia da cena. Aquele tipo de ironia que só minha mente deturpada consegue captar no ar. Ou no próprio nome da Universidade, afinal, São Judas é o padroeiro das causas perdidas e desesperadas e isso sempre me fascinou.
A vontade que tive durante minha visita foi de andar por lá, ver o que mudou desde que saí pela última vez. Mas sei que não preciso. No fundo continua tudo igual, mesmo tão diferente. Os alunos tomando aquele chá horrível, os diversos funcionários, a professora comprando torradas com geléia (manteiga não, por causa da intolerância a lactose). A sensação era de que ia chegar alguém que conheço para desabafar comigo sobre as provas e trabalhos, típicos desta época do ano.
Mas não há ninguém. Todos já se livraram desses fardos. Então fico lá, sozinho, pensando que quando sair do campus mais uma vez vou olhar para trás e dizer: “Espero nunca mais voltar aqui. Tchau, São Judas. Tomara que minha causa tenha sido perdida ou desesperada o bastante para você”.
11 comentários:
Provavelmente quando viram uma pessoa desconhecida e rindo sozinha dentro da faculdade, já associaram com o Realengo.
ri do comentário do Raphael, HAHAHAH
Mas nossa, essa coisa de ser padroeiro das causas perdidas e desesperadas eu não sabia.. e é realmente uma ironia colocar um nome desses em uma faculdade, hahaha
não sei se vai ser assim daqui a quatro anos.. mas não sei se voltarei ou se vou mandar alguém fazer isso por mim ;s
EU pensei a msm coisa que o Raphael...
Pessoal deve ter associado Virginia Tech e Realengo... Pior que eu pensaria o msm...
:P
Ta vendo Jefferson? Coitado do Bob...
Nenhuma menção aos melhores banheiros da Grande SP.
Só para falar que eu li.
Nenhuma nota para o atendimento veloz do SAA?
TT: vá tomar no cu.
Leandro: na verdade, no texto original (eu escrevi o rascunho lá mesmo) eu falava dos banheiros recomendados pelo MEC, principalmente porque eles reformaram aquele nojento da quadra. Agora ele está limpo e isso me pegou de surpresa. Mas o texto tava muito longo e não estava combinando com o clima que eu queria dar, então cortei.
Danillo: obrigado. Você é um amor.
TT: vá tomar no cu.
Nath: tomara que não. Seria bom vocÊ ter lembranças mais felizes e nostálgicas do que eu tive.
Wal: até tu, Brutus?
Luan: Porra, todo mundo quer que eu faça comentários sobre as porcarias da faculdade (tem um monte)! Um dia faço isso no Neurolistas, prometo.
TT: vá tomar no cu.
Eu só gostava da São Judas por um único motivo: ela me dava direito à meias-entradas.
MUAHAHAHAHAHAHAHA!
(mentira, eu gostava de ficar jogando conversa fora nas mesinhas da praça de alimentação também, mas pára por aí)
Mas ele soa tão mais amargurado com a vida no papel do que presencialmente...
Tem mil formas de explicar isso. Mas vou deixar só um: "força do hábito".
Postar um comentário