domingo, 7 de agosto de 2011

[Mês do escritor louco #3] Talvez falte...

Talvez falte amor no mundo. Pessoas se matam e fazem guerra o tempo todo por qualquer motivo. A própria paz é “razão” para desencadear uma batalha mortal entre nações, governos, pessoas.

Talvez falte caráter. Pessoas só fazem a coisa certa quando tem alguém olhando. Isso quando fazem a coisa certa. Elas deveriam pensar no bem supremo, no que há de melhor para a sociedade e para todos que vivem neste frágil planeta. Não deixar que tudo seja aparência, que tudo seja pose.

Talvez falte educação e cultura. Em todos os sentidos. Educação para com os outros. Cultura como conhecimento da vida, do bom senso, do certo e do errado, do bem e do mal. Não que as coisas sejam assim, preto no branco. Sei que há uma porção enorme de tons de cinza, mas é bom saber diferenciar. Não para escolher um lado e ficar, mas para saber se guiar. Todas as ações geram reações boas e ruins. Portanto, conheça os tons de cinza.

Talvez falte filosofia. Pensar mais no motivo do mundo ser o que é, de pessoas serem o que são. Entender como tudo ficou assim e para onde vai. Refletir e buscar um futuro ideal. Para todos. Para tudo.

Talvez falte amizade. Nem sempre podemos ajudar alguém, nem sempre podemos resolver todos os problemas, nem sempre podemos salvar o mundo. Mas podemos estar lá. Já pensou nisso? Às vezes isso é tudo o que uma pessoa precisa para se levantar e continuar andando. Nem sempre são necessárias palavras, atitudes e grandes feitos. É só simplesmente estar lá por alguém que precisa. Mais nada.

Talvez falte você. Porque você é parte de tudo isso e nunca se deu conta.


8 de julho de 2009

5 comentários:

Jefferson Sato disse...

Esse é um dos textos que comentei que foram copiados pela internet sem créditos. Se buscarem algum trecho dele entre aspas no Google vão encontrar.

Aliás, se bem me lembro, saiu em uma coluna do Jornal A Verdade, distribuido gratuitamente em Santa Catarina. Exemplo de jornalismo, parabéns!

Tamara disse...

Ei Sato, jornal A verdade hein...grande bosta. Gostei do texto. Acho que o ponto chave é a questão dos tons de cinza. É o mais difícil, pra mim, pelo menos. Beijos.

Jocee disse...

Adorei esse texto, sério. Cada palavra é verdade. Realmente nunca me dei conta disso...
Acho que é um dos teus melhores textos (pelo menos os que li até agora), Jeff.

Jefferson Sato disse...

Apesar de eu discordar e achar que tenho outros textos infinitamente melhores, agradeço muito o elogio! Fiquei me sentindo com ele, hahahaha!
Que bom que gostou! =)

Anônimo disse...

Blog muito bom cara!


penso que a razão seja egoismo! somos todos egoístas lá no fundo porque existimos pra basicamente sobreviver pra reproduzir e isso nos traz aos conflitos inúteis que nos impedem de enxergar que as coisas poderiam ser melhores se todos cooperássemos para ter o suficiente.
E a cultura que temos é voltada para satisfazer o que eu chamo de padrões de controle. e somos educados pra obedecer essa cultura

Amor é algo muito muito muito raro e as pessoas estão sempre ocupadas demais consigo mesmas pra dar a mão sem pedir nada em troca a alguém que precise!

é tudo muito complexo e chato